Tantas e tantas vezes ouvimos as crianças desejarem a aprendizagem da escrita. Desde tenra idade percebem que o código escrito é uma enorme ferramenta de comunicação. O seu primeiro desejo, normalmente, passa por querer aprender a escrever o seu nome! No entanto, tal capacidade só consegue ser aplicada quando a motricidade fina é desenvolvida e trabalhada.

Desde bebé que deve existir estímulos que desenvolvem a motricidade global da criança. Posteriormente, já em idade pré-escolar é extremamente importante desenvolver, aperfeiçoar, trabalhar aquela que é a utilização dos músculos dos dedos, mãos e braços de forma coordenada para a realização de certas atividades, a Motricidade Fina.

O desenvolvimento desta competência deve ter, cada vez mais, um caráter experimental. As fichas de grafismos, que outrora eram dos únicos instrumentos utilizados em salas de pré-escolar, estão, felizmente, a cair em desuso e é explorado um infinito número de materiais e atividades, mais motivadores, mais dinâmicos e por consequência, mais eficazes. E de que forma trabalhamos esta competência na sala dos 3 anos?

Há várias atividades que desenvolvemos com o objetivo de trabalhar a Motricidade fina dos nossos meninos e meninas, entre elas, a rasgagem livre de papel, a utilização livre ou orientada da tesoura, a utilização da cola de forma autónoma e livre, a disponibilidade de vários materiais de escrita, materiais de enfiamentos de missangas em fios, realização de bolas de papel, manipulação de plasticinas e massas, pintar utilizando diversos materiais do quotidiano (esponjas, cotonetes, escovas, rolhas, tampas, embalagens de spray, …), pintar com os dedos, realizar jogos de encaixe e puzzles,…

Para além destas atividade de caráter mais estruturado, a Motricidade Fina é desenvolvida e aprimorada diariamente na realização de tarefas do dia-a-dia como, calçar e descalçar os sapatos, abotoar botões, vestir e despir a roupa, utilização de garfo e faca à refeição,…

Os desenvolvimentos das diversas competências não devem ter como finalidade sempre o registo de trabalho. Devem sim, serem experimentadas, sentidas e vividas pelas crianças diariamente em experiências divertidas e estimulantes!