A abordagem de temas sensíveis com as crianças

 

Tem sido difícil, enquanto professora, encontrar as palavras certas para abordar temas mais sensíveis (principalmente com o crescimento do conflito entre a Ucrânia e a Rússia), com uma linguagem simples e objetiva. Mas… como se explica a guerra às crianças? Constantemente vemos na televisão imagens da destruição e da devastação, e imagens com um teor tão agressivo têm impacto nas crianças. Provocam medo, ansiedade e incerteza. 

Ter medo é normal, e é importante reforçar que faz parte da condição humana. E é importante também procurar dar uma explicação que lhes transmita segurança e as tranquilize: mostrar que estamos com os alunos para oferecer conforto, um abraço ou simplesmente estarmos ao pé deles. 

Na sala de aula vimos onde fica a Rússia, onde fica a Ucrânia e todos os países fronteiriços; vimos o que significa “fazer fronteira”; e vimos também que é um conflito que, fisicamente, está bastante longe do nosso país. Não é necessário entrar em grandes pormenores sobre a violência. Toda a guerra acaba, eventualmente, com a paz, que é conseguida através do diálogo e da negociação. 

Neste sentido, devemos também incentivar os alunos e as alunas a aplicarem esta lógica a situações do seu dia-a-dia: em casa, ou na escola. Quando se deparam com algum conflito, devemos incentivar a que os resolvam através do diálogo, utilizar estratégias não violentas, ouvir o outro e trabalhar na empatia – a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, e tentar sentir o que ele sente – um valor tão importante não só na infância, mas em todas as fases da vida.

Por último, é importante também sensibilizar: há várias instituições que estão a aceitar doações (como é o caso do colégio de Alfragide!). Envolver as crianças neste processo de entrega de bens é um input excelente para trabalhar a solidariedade e fazer os alunos sentirem que estão a contribuir para ajudar outras crianças.

 

Juntos Somos Mais Fortes!

Juntos Pelo Ensino!