Educa na curiosidade e recupera a verdadeira essência do aluno

 

 

“Educar na curiosidade consiste em respeitar a sua liberdade interior, contando com a criança no processo educacional; respeitar os seus ritmos; fomentar o silêncio, a brincadeira livre; respeitar as etapas”… Catherine L’Ecuyer

 

Indo de acordo com a premissa acima e ao concordar que a escola tem um papel fundamental no que toca ao desenvolvimento de competências que permitem à criança explorar a sua própria criatividade e partilhar descobertas, o facto do professor educar na curiosidade é fundamental para os próprios alunos terem a iniciativa de procurar respostas ou questionar tudo o que é diferente ou que ainda não entendem.

Consciente de que, desde pequena, a criança questiona tudo o que a rodeia, e é desta forma que vai construindo a sua perceção sobre o mundo é educando na curiosidade que respeitamos a liberdade da criança, colocando-a num papel de interveniente ativo no seu processo de ensino-aprendizagem, respeitando os seus ritmos.

O educar na curiosidade deve ser transversal a todas as áreas curriculares e ao despertarmos a curiosidade em sala aumentamos a recetividade dos alunos e tornamos a aprendizagem mais fácil e interessante. Sem dúvida que alunos curiosos fazem mais perguntas e desenvolvem atitudes mais proativas na procura de respostas. É a curiosidade que permite o caminho para todos os saberes.

Acredito que o professor ao educar na curiosidade estimula as várias habilidades cognitivas e fomenta a curiosidade intrínseca nos alunos, permitindo a concretização de diferentes atividades com o objetivo de promover a socialização, a exploração do meio ambiente, a vontade de descobrir, de saber e investigar.

Sendo um processo natural e um gatilho para a aprendizagem, a curiosidade deve ser sempre estimulada e não desencorajada. São as perguntas, e não necessariamente as respostas, que levam ao conhecimento. Ao perguntar, os alunos demonstram interesse natural pelo conhecimento, e aqui os professores são os responsáveis por responder de maneira lúdica e instrutiva satisfazendo totalmente a sua curiosidade.

Há práticas pedagógicas que estimulam a curiosidade, ensinam os alunos a fazer boas perguntas, levam à reflexão e consequentemente ao conhecimento, tais como:

 

  • Mostrar o quão incrível é o mundo que nos rodeia, levando para a sala de aula elementos suscetíveis de curiosidade;
  • Inovar a forma de começar a aula com conteúdos mais livres é uma forma de despertar interesse;
  • Trazer para a aula a dinâmica dos jogos é uma forma de inserir pequenos desafios de competição, individualmente ou em equipa, para que os alunos se sintam tentados a partilhar curiosidades;
  • Reforçar de forma positiva ajuda a manter o interesse do aluno em busca do conhecimento e valoriza a criação de ideias;
  • Explorar conteúdos através da realização de perguntas e orientar os alunos a pesquisar respostas;
  • Implementar a roda de conversa e curiosidades sobre determinado tema à escolha;
  • Adivinhar através de perguntas um objeto interessante de estudo, escondido numa caixa. Descobrir a sua história, utilidade e fabrico;
  • Ler e escrever textos informativos científicos são fundamentais para que os alunos aprendam a fazer e responder perguntas
  • Contar uma história até metade e estimular o aluno a pensar em como será o final;
  • Descobrir em várias fontes a resposta à mesma pergunta.

 

O facto do professor educar na curiosidade desperta o interesse dos alunos pelo Mundo que os rodeia. O papel do professor será de apresentar temas de interesse dos alunos que estimulem o interesse e a curiosidade, cuja abordagem incentiva os alunos a ter um papel mais ativo na sua pesquisa. O professor deve orientar os alunos na busca das respostas, despertando a curiosidade sobre algo que eles são naturalmente motivados para aprender. Os alunos, por sua vez, devem participar na construção do conhecimento por meio da pesquisa quando a curiosidade se manifestar, seja nas perguntas, nas brincadeiras, nas experiências e até mesmo nos seus erros e dificuldades.

 

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino” Paulo Freire

 

1º CEB: 1º Ano

Vera Fonseca

 

 

 

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