O contato com a natureza 

 

A importância do contato com a Natureza nas escolas não se prende só à necessidade inata que cada criança tem de colocar as mãos na terra, nem aos conteúdos programáticos que têm de ser lecionados. Vai muito além do nosso eu individual e familiar, culminando no patamar do coletivo. Para além disso é um assunto intemporal, cujo passado afeta o presente e cujo presente pode oferecer um futuro incerto.

É um assunto que demonstra o mais puro egoísmo do ser humano com a mais simples das frases: “Isso é um problema para o futuro, não para agora.” Admite-se que a Natureza e os seus frutos são como um dado adquirido, cuja ausência irá afetar outras gerações, mas não a nossa. Por isso, na maioria das situações o comodismo é a palavra-chave do quotidiano. Como adultos, como docentes, como pais, como irmãos, devemos contrariar esse comodismo.

Desta forma, é de extrema importância ensinar e educar não só para valorizarmos o que temos, mas também para protegermos e preservarmos o que ainda temos. Alertar para as espécies que se encontram em perigo e quais as razões para tal, pesquisar sobre as organizações que movem montanhas para proteger o que todos devíamos proteger. Explorar e sugerir ideias que possam ajudar a nossa escola, a nossa comunidade, o nosso país a proteger e a preservar a Natureza.

Todos nós somos sementes de mudança, e todos nós temos um receio inicial de remar contra a maré. Como costumo dizer, atirar uma pedra a um rio incomoda pouco, mas atirar várias pedras a esse mesmo rio vai agitar as águas e já não vão passar despercebidas. 

Como ser humano, como pessoa, como professora, devo continuar a incentivar todos os alunos e adultos a fazerem o seu papel neste mundo a que chamamos casa, para que os próximos também o possam fazer. O respeito não deve ser só pelas pessoas, mas também pelos animais e pelas plantas que se encontram ao nosso redor.

Curioso, como tal motivação começa com a simples manutenção de uma horta ou um vaso na escola. Uma atividade que inicialmente movia um professor e alguns alunos, tornou-se uma atividade da comunidade escolar envolvendo outras turmas, outros adultos e alguns pais. Ainda há muito caminho a percorrer, mas já posso afirmar que somos várias pedras. 

 

Juntos Somos Mais Fortes!
Juntos Pelo Ensino!

2º CEB 
Sara Costa